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OPINIÃO: Cinema lotado

Na última segunda-feira, dia 27 de agosto, no cinema Arcoplex do shopping Royal, foi lançado o filme documentário intitulado "Eu sou, eu quero, eu posso". Trata-se de um trabalho produzido pelo grupo "Mulheres Donas de Si", o qual traz depoimentos de 12 mulheres que atuam em diferentes áreas em nossa região. O tema central das falas é o empoderamento feminino. Do início ao final, uma coisa fica clara: lugar de mulher é onde ela quiser!

O lançamento ocorreu um dia após o "Dia Internacional da Igualdade Feminina", celebrado em 26 de agosto. Sempre interessante (re) lembrar da importância desse enfrentamento. Nunca é demais agradecer as mulheres que nos antecederam e lutaram para que tivéssemos direito ao voto, a frequentar as escolas e universidades, ter acesso ao trabalho, a licença-maternidade, entre outras tantas. Sem esquecer que o divórcio e a pílula, com certeza, revolucionaram nossos itinerários.

No entanto, mesmo estando no ano de 2018, ainda precisamos esclarecer que feminismo é a luta por igualdade, e não por superioridade. Buscamos nos fortalecer, diariamente, para que denunciem as mais diferentes situações de violência. Sugerimos que se liberem de homens agressivos, grosseiros e desagradáveis. O filme documentário foi um convite para refletirmos sobre conteúdos como a cultura da paz, a relevância da fé e espiritualidade e o quanto esses assuntos são valorosos em nosso cotidiano.

A história do direito das mulheres, as questões de gênero, as dificuldades enfrentadas no mercado de trabalho, o papel das negras no Brasil e a carreira política foram expostos com muita sabedoria. Não poderiam ficar de fora representantes que atuam em lugares até pouco tempo inusitados para o feminino, como o futebol. A violência e o assédio contra as mulheres, obviamente, foi enfoque central, pois os dados, por si só, denotam a necessidade de medidas protetoras e a imprescindibilidade de muito mais sororidade. Considero fundamental discutirmos o papel da mulher na sociedade atual.

É pertinente reativar a nossa memória e perceber o quanto somos fortes, ousadas, criativas. E, se por acaso, te chamarem de louca no meio desse processo, avalie o motivo. Considere um elogio se o propósito foi por quebrar alguma regra já ultrapassada. Não tenha medo. Siga em frente. Teremos outras companheiras nesse caminho que nos ajudarão a iluminar a nossa trajetória. Nós queremos mais. Queremos a vida não apenas como sobrevivência. Queremos vida com qualidade, com sabor. Essa obra cinematográfica é um grito de empoderamento para todas as mulheres.

Posso dizer que ainda estou emocionada em fazer parte desse grupo que foram "atrizes" por um dia. Na verdade, o filme trata não apenas de 12 mulheres. Fala de todas nós, dos muitos e infinitos destinos que podemos traçar em busca de felicidade. O poder é nosso meninas! Parabéns para as mulheres que planejaram esse evento cultural tão importante em nossa cidade, especialmente as coordenadoras do Blog "Mulheres Donas de Si": Leila Moura e Marlene Sager e a cineasta Claudia Nunes. Vibramos ao som de "Maria, Maria", entoado pelas vozes das maravilhosas cantoras santa-marienses acompanhadas pelo coro de um cinema lotado. Ecoou pelo shopping que "é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre". Foi, realmente, divino!

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